sábado, 30 de setembro de 2017

                  (AMOR À PRIMEIRA VISTA)

Para você,  com  meu carinho.                         
Eu nunca imaginei que seria você a pessoa que tanto esperei em minha vida. Uma pessoa que encontrei em um site de relacionamento que eu tanto tenho medo. Destacou-se de imediato!Teria você as chaves do meu coração a partir daquele momento? Tornar-se-ia tão importante para mim, e, poderíamos viver coisas bonitas um ao lado do outro e, você faria parte da minha história de vida? As coisas aconteceram tão repentinamente! E. ,quando me dei conta, estávamos envolvidos. Sou carente de afeto e, de amor. Percebe-se logo não é?
Você eu escolhi, mesmo que inconscientemente, como o motivo dos muitos e muitos sorrisos e dos sonhos que teria em minha vida. Sonhei muito com você, sem mesmo tê-lo visto ou conhecido. Já o esperava! Quando o vi, senti: é ele. E mais: quando o vi de bem de perto, pensei ele é maduro. Não é um garoto!  Eu queria você!E você fingiu não perceber. Conversou muito. Ou melhor me ouviu muito. Eu estava carente de contato com um homem. Ali me ganhou. Ganhou mesmo!Já era previsível: a gente daria muito, certo. Era certo que você me mostraria como pode ser bonito deixar florescer os melhores sentimentos dentro da gente.
 Descobri e senti muitas coisas que jamais havia sentido. Senti do que é feita uma relação de verdade, com companheirismo, admiração mútua, sinceridade e todas as coisas que os poetas declamam. Foi bom desde o princípio – e só melhorará. Já era tempo de começar a enxergar o amor com outros olhos!Entender que ele tratava de todas as verdades da vida. Encarar isso como uma realidade a ser vivida e me permitir aproveitá-la de braços abertos. Sem medos! Fugira muito,quando já era tempo de abrir as portas, para algo tão bonito, se, compartilhado, com alguém que me complementaria, e, me faria ver como todos os momentos podem ser lindos se forem tão naturais, espontâneos.  Esperei. E. Você chegou. Aquele homem seria meu! Nunca tive alguém no mundo como par!  Sempre batia de frente à parede, dos meus medos e preconceitos, achando que não tinha vocação para ser a outra metade da laranja de alguém, uma vez que a vida havia me tirado as muitas possibilidades.
     Conversamos muito. Aliás, eu sempre falo mais. Falei muito. Quase foi monólogo. Fiz catarse. Ficamos horas. Ficaria noites a fio.  Pena! Mas tínhamos que nos separar.       Tive medo de não encontrá-lo mais. Será que o perderei? Por que este medo da perda me persegue? Você era tudo o que eu imaginara, idealizara e, sonhara. Calmo,tranquilo... Alegre... tudo aquilo que eu buscara e... , queria. Real, e, como eu sempre esperara, de forma autêntica e genuína. Pensava que havia guardado nas gavetas mais escondidas dos meus pensamentos, atitudes e sentimentos tudo aquilo que reprimira durante uma vida.Enganei-me. O sentimento aflora com voracidade. No sentido mais bonito da expressão, como quem acaba de escrever este texto e, corre para o aconchego de um abraço apertado! Com risos e carinhos eu o recebo em minha vida, você meu querido José, que, chega sorrateiramente! Dúvidas... Como será esse relacionamento? E, tão distante! A internet não suporta tamanha curiosidade. Queríamos um ao outro! Como? Eu não tenho a tal da experiência tão procurada pelos homens! Contei-lhe muito do que vivi. E, que não conto para ninguém. Mas, você é especial. Mergulhei. Peço a Deus que tome conta de nós. Sempre estarei lhe esperando.  Não posso deixar de estar com você!  Dei-lhe a chave do meu coração. E, quando abro o PC  para postar um texto para vc,e, o encontro. Que felicidade! Que Deus nos abençoe! É o amor que chega.

                         




quinta-feira, 28 de setembro de 2017

VONTADE NÃO É DESEJO

     A maioria de nós não tem por hábito a reflexão, exceto pelas necessidades comuns do cotidiano. Não distinguimos o desejo da vontade, e isso é um grande problema. Sem refletir, agimos por impulso e não percebemos que ele  é resultado  do que sentimos.Se, não refletimos o que sentimos, certamente agimos pela emoção.
 Eis aí a resposta :  -vontade: agir de acordo com a reflexão racional;   
                                -desejo: agir por impulso apenas.
   Kant, ilustre filósofo da era moderna,em seu  livro “A Crítica da Razão Pura”, nos contempla com uma profunda análise moral e distintiva de desejo e vontade; e  nos convida à reflexão sobre as nossas escolhas. Estudando-se  ética – no contexto histórico de antropologia sociológica – não impossível antever a influência negativa das sociedades atuais que, através de padrões delimitados na importância da personalidade, vêm modelando a conduta humana de maneira cada vez mais egoísta, reativa e intolerante,  o que influencia  de modo decisivo as nossas escolhas.Desejo é tudo o que emerge do pensamento à ação sem que se possa controlar.É o impulso instintivo, é a avidez pelo prazer das sensações. Vontade é a ação regulada pela razão, o que independe do desejo, ou seja, é o uso da razão para deliberar escolhas. Diferente de desejo, vontade é o saber materializado em conduta. É tudo o que o pensamento produz para se sobrepor aos instintos, a fim de viver melhor. A demarcação entre a vida boa e a vida ruim está no descolamento entre a racionalidade e o impulso de desejo, ou seja, entre a vontade e o desejo. A vontade percebe que, apesar do desejo, é ossível viver na contramão dos instintos. A isso chamamos liberdade, que é a soberania da competência deliberativa sobre as próprias inclinações. Sou livre quando, ao flagrar meus desejos, consigo agir racionalmente, contrariando o que sugerem meus impulsos.A moral não é um vigiar castrador, mas é  um olhar sobre si mesmo.É um lugar na mente onde a reflexão impõe os limites que imperam a conduta. Porém, basta não conhecer as próprias fraquezas para se tornar escravo dos apetites que possui. E, o  que difere o homem dos outros animais é a sua capacidade de pensar para agir, de modo que aquele que se conduz pelos seus instintos e inclinações, aproxima-se do mundo animal, mas aquele que age pela via da razão aproxima-se de sua destinação moral.Ao se entender a felicidade como acúmulo de desejos saciados, o homem tende a priorizar a busca pelos prazeres dos sentidos e das vaidades, sem perceber que quanto mais se sacia um prazer biológico ou vaidoso, mais extravagantes e intensos estes prazeres exigirão satisfação.A fase da vontade surge, frequentemente, quando os excessos decorrentes da saciação dos apetites resulta em adoecimento físico e/ou psicológico. Observando o comportamento humano na sociedade atual percebemos que a maioria necessita do sofrimento para compreender que a saciação de desejos não representa um estado real de felicidade ao longo do tempo. É o sentimento de total insatisfação que tende a levar o homem à busca e compreensão de si mesmo. Liberto da prisão de apetites que o fazem sofrer, ele então livre se vê para buscar o aprendizado virtuoso fundamentado na razão.Razão inclinada ao aprendizado ético-moral produz, como consequencia, equilíbrio e serenidade; e, num mundo caótico, caracterizado pela competição em busca de euforia e satisfação de apetites perturbadores, não seriam o equilíbrio e a serenidade a própria felicidade?!

Reflitamos!