terça-feira, 9 de julho de 2013

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM – uma tarefa necessária


A  Avaliação da Aprendizagem é um trabalho   necessário e permanente na atividade docente e precisa acompanhar o processo de ensino-aprendizagem.
         Através da avaliação, os resultados são comparados com os objetivos iniciais elaborados, para  se averiguar  avanços e retrocessos, dificuldades  e  assim, reorientar o trabalho com as correções que se fizerem  necessárias.
         Portanto, a avaliação  é  uma reflexão do nível de qualidade do trabalho escolar tanto docente quanto discente.  
         As informações coletadas no decorrer desse processo são interpretadas  em relação ao padrão de desempenho  expressos em juízos de valor acerca do aproveitamento escolar.
       Considerada complexa, a avaliação  não se restringe a  realização de provas e atribuição de notas, pois a mensuração  proporciona  dados que devem ser submetidos a uma apreciação quantitativo\qualitativa e a avaliação cumpre funções  didático-pedagógicas, de diagnóstico  e  controle.
         Cipriano Carlos Luckesi  alega que  a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre  dados relevantes do processo de ensino- aprendizagem.
Os dados relevantes se referem às várias revelações  das circunstâncias didáticas, nas quais  professor e  alunos estão empenhados em atingir os objetivos do ensino.
A análise qualitativa desses dados, através  de provas, exercícios, retornos dos alunos, realização de tarefas, etc., permite uma tomada de decisão. Ele afirma  ainda, que se pode  definir a avaliação escolar como um componente do processo de ensino, que visa através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência  desses, com os objetivos propostos e, daí, reorientar  a tomada de decisões em relação às atividades didáticas posteriores.
      São considerada tarefas de avaliação: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. A verificação consiste na coleta os dados sobre o aproveitamento dos alunos, através de provas, exercícios e tarefas ou de meios auxiliares, como observação de desempenho, entrevistas, etc.
A qualificação é a  comprovação dos resultados alcançados em relação aos objetivos e, conforme o caso, atribuição de notas ou conceitos.
A apreciação qualitativa, que é a  avaliação propriamente dita,  refere-se a padrões do desempenho esperados.
         Segundo o autor, a avaliação escolar cumpre pelo menos três funções: pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle.
              A função pedagógico-didática  se refere ao papel da avaliação  no cumprimento dos objetivos gerais   e específicos da educação escolar.
Ao se comprovar sistematicamente os resultados do processo de ensino- aprendizagem evidencia-se ou não o atendimento  das finalidades sociais do ensino, de preparação  dos alunos para enfrentarem as exigências da sociedade, de inseri-los no processo global de transformação  social e de propiciar  meios culturais de participação ativa nas diversas esferas da vida social. Ao mesmo tempo, que favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um dever social.
Cumprindo sua função didática, a avaliação contribui para a assimilação e fixação, pois a correção dos erros cometidos e habilidades e, desta forma,  o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas.
            A função de diagnóstico permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos. Na pratica escolar cotidiana, a função de diagnóstico é  mais importante porque é a que dá sentido pedagógico à função pedagógico-didática e a que dá sentido pedagógico à função  de controle. A avaliação diagnóstica  ocorre no início, durante e no final do desenvolvimento das aulas ou unidades didáticas. No inicio, verificam-se as condições prévias dos alunos de modo a prepará-los para o estudo da matéria nova. Essa etapa inicial é de sondagem de conhecimentos e de experiências já disponíveis bem como de provimento dos pré-requisitos para a sequencia  da unidade didática. Durante o processo de transmissão e assimilação e feito o acompanhamento do progresso dos alunos ,apreciando os resultados , corrigindo falhas , esclarecendo duvidas , estimulando-os a continuarem  trabalhando ate que alcancem resultados positivos.   Ao mesmo tempo, essa avaliação fornece ao professor, informações sobre como ele  está  conduzindo o seu  trabalho: andamento da matéria, adequação de método  e materiais, comunicação com os alunos, adequabilidade da sua linguagem etc.
      Finalmente, é necessário avaliar os resultados da aprendizagem no final  de uma unidade didática, do bimestre ou do ano letivo. A avaliação global de um determinado período de trabalho também cumpre a função de realimentação do processo de ensino.
             A função de controle se refere aos meios e à freqüência das verificações  e de qualificação dos resultados escolares, possibilitando  o diagnostico das situações  didáticas.       Há um controle  sistemático e continuo que ocorre no processo de interação  professor-alunos no decorrer das aulas, através de uma variedade de atividades, que permite ao professor observar como os alunos estão  conduzindo-se na assimilação  de conhecimentos e  habilidade e no desenvolvimento das capacidades mentais.
Nesse caso, não se deve quantificar os resultados. O controle parcial e final se refere  a verificações efetuadas durante o bimestre\trimestre, no final do semestre ou ano letivo, caso a escola determine o exame final.

Segundo o autor, essas funções atuam de forma interdependente, não podendo ser consideradas isoladamente. 

domingo, 7 de julho de 2013

A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA X COMUNIDADE

PROJETO Nº  1- INTEGRAÇÃO ESCOLA COMUNIDADE
FAMÍLIA NA ESCOLA: A PARTICIPAÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.
”(Augusto Cury)
A PARTICIPAÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA 
 Introdução : O projeto Família na Escola: a participação que faz a diferença faz-se necessário uma vez que é a família a maior aliada da Escola. Evidenciar  a importância dessa parceira torna-se fundamental para a Direção da Escola,que vê nela a grande possibilidade de melhoria na integração com a comunidade. O mundo vive uma época que a conturbação e a desintegração dos valores são os maiores obstáculos para o ser humano. A  sociedade motiva o individualismo e o coletivo é banido.Para os poucos  sobreviventes/resistentes, é de fundamental importância um trabalho de resgate para que os pais/família se conscientizem da importância do acompanhamento familiar na vida educacional dos alunos bem como a relevância da interação entre família-escola, observando que é possível perceber que a colaboração dos pais, gestor, professores e de toda a comunidade escolar é a melhor maneira para que aconteça um ensino significativo e de qualidade e que crianças e adolescentes necessitam de apoio coletivo para que se tornem cidadãos de sucesso.Nesse sentido, percebe-se que o ponto de partida para a promoção do sucesso escolar é promover a integração entre família e escola, partilhando direitos e deveres, de forma coletiva, dinâmica e inovadora. Portanto, o projeto FAMÍLIA NA ESCOLA: A PARTICIPAÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA buscará demonstrar a importância da presença da família no processo de escolarização dos filhos. A construção dessa parceria muito contribuirá para o desenvolvimento de ações que favoreçam o sucesso escolar, pessoal e social dos alunos. Objetiva-se ainda, promover uma interação significativa entre pais, professores e alunos, visando oportunizar vivências que lhes possibilitem  refletir sobre o processo de desenvolvimento dos educandos, para que possam assumir o compromisso com a aprendizagem informal e formal das crianças e adolescentes, colaborando assim,  com a construção de horizontes, que terão posteriormente impactos positivos em suas vidas.
Justificativa:
      O presente Projeto tem como fim específico, abrir as portas para a participação de familiares na escola, no intuito de ajudar os alunos a terem sucesso na vida escolar e colaborar para diminuir a evasão, a repetência e a violência no contexto educacional. Nesse sentido, é importante citar Içami Tiba (1996, p.140) que diz: "O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afetos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno". Dentre as reflexões do tema aqui apresentado "O projeto Família na Escola: a participação que faz a diferença”.
Outro ponto importante que abrange este projeto é que família e escola caminhem juntas, objetivando sempre a conscientização do aluno na construção do seu conhecimento, como também da sua autonomia frente às decisões necessárias para o sucesso do ensino-aprendizagem.
                 A LDBn 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) quando trata da Educação deixa claro que é na família que a criança construirá valores que serão incorporados ao longo da vida e onde deverá ocorrer o primeiro processo de socialização, o que lhes permitirá traçar caminhos futuros. Inserir a família na vida da escola ampliará os conceitos formulados pelo aluno e ainda permitirá conhecer a sua cultura pessoal para que a escola possa valorizá-la. Pensando assim, há a necessidade de se estreitar laços entre a escola e aqueles que dela participam direta ou indiretamente - a família- acompanhando o desenvolvimento da criança em todo seu processo de aprendizagem e inserção social. família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influências culturais.[1]Como a família constitui a unidade dinâmica das relações de cunho afetivo, social e cognitivo que estão imersas nas condições materiais, históricas e culturais de um dado grupo social, ela será uma parceira a mais na busca pelo cumprimento da nossa função social e nos ajudará a cumprir a nossa meta, cada um fazendo o que lhes é de direito e não deixando todas as ações para a escola, de modo que o aluno possa se desenvolver em todos os aspectos da vida pessoal, profissional e ter sucesso, pois, nossa meta é ajudar o aluno em suas necessidades em parceria com a família.
OBJETIVO GERAL: Conscientizar e sensibilizar a importância do acompanhamento familiar na vida escolar dos educandos, bem como da integração entre família e escola, desenvolvendo um trabalho coletivo no ambiente escolar que inclua a família no processo ensino-aprendizagem, como parceira e colaboradora, no crescimento pessoal do aluno, resgatando o fortalecimento da sua auto-estima a fim de aproximá-lo dos princípios desenvolvidos na escola como: solidariedade humana; respeito; democracia; inclusão; entre outros.                                                                                              OBJETIVOS ESPECÍFICOS :
·       Promover palestras com psicólogos, com tema educar e cuidar;
·       Incentivar a participação dos pais nos eventos promovidos pela  Escola bem como nas apresentações dos alunos;
·       Reunir-se trimestralmente com pais/família para apresentar o rendimento dos alunos;
·       Reunir-se com pais e alunos de baixo rendimento;
·       Apresentar projetos desenvolvidos pela escola bem como avaliar sua eficácia;
·       Fortalecer o Conselho Educacional através da participação dos pais;
·       Divulgar o blog da U.E;
·       Divulgar as prestações de contas;
·       Motivar os pais no compromisso de acompanhar seus filhos no desempenho de ensino e aprendizagem.
·       Divulgar o Regimento e o calendário Escolar comentando sobre os dias letivos e o cumprimento da carga horária;
·       Apresentar a escola, seu funcionamento, equipe docente e funcionários para a família, para que se consiga deles a confiança no trabalho desenvolvido pela instituição;
·       Desenvolver atividades que trabalhem os valores familiares para que possam dentro do ambiente escolar e familiar perceber a importância do diálogo para a construção de valores e a resolução de conflitos;
·       Promover a integração entre família e escola, estimulando o rendimento e o comportamento escolar dos alunos;
·       Ressaltar a importância da afetividade e limites na escola e na família como fator primordial para o bom desenvolvimento do aluno;
·       Construir momentos de socialização de idéias e valores com os pais sempre pensando em quais horários serão convenientes para a família;
·       Incentivar os pais a participarem do Conselho Escolar e também a organizar uma associação de Pais e Mestres;
·       Promover o dia da família na escola.
Desenvolvimento:
·       Buscar informações sobre a vida do aluno em família, se possível anotar em fichas;
·       Através de conversas/ entrevistas, buscar resolver os conflitos;
·       Pesquisar sobre a família montando a árvore genealógica; (cada aluno fará a sua)
·       Mural com palavras mágicas que ajudam na boa convivência;
·       Dinâmica para acolher os pais em reuniões;
·       Encontros com família através de reuniões e eventos;
·       Palestras com temas relacionados à estrutura familiar atual;
·       Oficinas sobre Educação dos Filhos, artesanato, teatro, outras;
·       Exposições dos trabalhos realizados em aula;
·       Filmes que retratam temas relevantes da atualidade com enfoque nas relações familiares;
·       Promover jogos com a participação da família;
·       Eventos
·       Desenvolvimento:
·       O presente projeto será desenvolvido com as famílias dos alunos regularmente matriculados neste Estabelecimento de Ensino e contará com a participação dos pais, professores e funcionários conforme cronograma de atividades.
·       Serão utilizados Data show, livro para registro dos eventos, internet, questionários, máquina fotográfica, computadores e livros.
Metodologia:
·       Apresentar filmes sobre a família, sugeridos pelos professores;
·       Fazer mural da família (com fotos ou recortes), mostrando as diversas estruturas familiares, ressaltando a importância do amor, respeito, solidariedade, perdão, limites...;
·       Trabalhar filmes nos encontros de família que permitam a reflexão sobre os diversos tipos de família;
·       Trabalhar com dinâmicas, brincadeiras, cantigas nos encontros com os pais;
·       Perceber se na família, alguém possui alguma habilidade artística e procurar valorizá-las através de apresentações, conversas nos encontros de família;
·       Promover oficinas para que os pais possam participar da vida escolar do aluno;
·       Incentivar os familiares a participarem das oficinas.
Atividades:  Releitura de filme sobre a família;
·       Pedir para os alunos que pesquisem com seus pais e avós sobre a sua origem;
·       Recorte de revistas ou fotos da família para montar um portfólio sobre o tema;
·       Promover várias oficinas com a participação dos pais;
·       Convidar os pais para exposição dos trabalhos dos alunos
·       Origem do nome do aluno para formar a sua história;
·       Álbum do nome;
·       Promover eventos comemorativos às datas dia dos pais e das mães.
MATERIAIS
CRONOGRAMA: Março-Abril-Maio
AVALIAÇÃO: O projeto será avaliado durante a execução com a participação dos envolvidos, de forma contínua através de questionário e relatórios e divulgado no blog da Unidade Escolar e em relatórios.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICASBRASIL/MEC/CNE. Lei de            Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB9394/96. São Paulo: Paz e Terra, 1996
SEME CF. Regimento Escolar da Escola Municipal Profº Edilson Duarte
PPP – Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Profº Edilson Duarte





[1] (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003; Kreppner, 1992, 2000).


sábado, 15 de junho de 2013

Inclusão Digital: cooperação ou interação na rede?



Esse texto abordará uma questão polêmica nos dias atuais: a Inclusão Digital como objeto de cooperação e interação na rede. Para dirimir tal polêmica buscou-se conhecer o que dizem autores de diversas áreas do conhecimento, que darão suporte de sustentação ao estudo em pauta, obtendo-se assim, uma visão mais holística do tema. Concomitantemente, irá se analisar a escola como espaço de interação e comunicação buscando-se comprovar que nos dias atuais, as tecnologias de rede precisam ser inseridas no cotidiano escolar com mais ênfase. Será preciso valorizar-se o aprendizado através das mídias digitais, nas suas diversas formas de pensar e interagir por meio das TICS. E, como parte desse processo, tais tecnologias necessitam ser apropriadas, entendidas e, apreendidas  pelos professores, que exercem papel fundamental no processo ensino aprendizagem. Aí surge um problema: os cursos de formação de professores, não incluem em seus currículos o emprego das Tics como forma de ensinar, ocasionando um despreparo do docente. O que se verifica na prática, é que ainda hoje, a maioria dos alunos convive e domina mais a tecnologia e faz mais uso da mesma que seus professores. Há muitos deles que resistem em aprender e a utilizar a linguagem digital. Eles não se deram conta ainda, de que o analfabeto do futuro será o que não domina a tecnologia.Felizmente, aos poucos, as escolas tem buscado incluir em seus currículos iniciativas que abrem caminhos para a linguagem cibernética, para que a tecnologia seja mais conhecida e inserida e que haja mais interatividade com o ciberespaço. E, há muitos professores que buscam capacitar-se e aperfeiçoar-se no uso das Iics. Também não podemos deixar de mencionar que, muitas vezes, devido à falta de infraestrutura nas escolas ou pouco incentivo por parte dos envolvidos na gestão do processo educacional ainda haja pouca interatividade com o ciberespaço.Desse modo, ao entender que a inclusão digital tem um papel muito importante na cooperação e interação com o processo de aprendizagem,dou meu testemunho pessoal. Poderia citar diversas pesquisas de campo que corroboram com minha preocupação, porém optei em compartilhar com meus colegas de turma, todos eles muito jovens, essa inquietação é que me faz participar de cursos de inclusão digital mesmo estando no final de carreira, com 52 anos vida profissional dedicados ao exercício no magistério e chegando aos 67 anos de idade. As dificuldades são muitas, porém a vontade de superá-las é maior e, o fato de a escola não ter absorvido totalmente as condições de usufruir de novas tecnologias, me preocupa, porque o ensino tradicional ainda é muito utilizado, pois os professores não possuem a visão de que inserir uma tecnologia em sala de aula complementaria a aprendizagem dos conteúdos.
 Segundo Bonilla (2005, p.13) os entendimentos que se tem sobre o processo de educação não conseguem fugir da racionalidade que surgiu com a escrita e é realmente desta forma que a maioria dos educadores repassa o conhecimento. Talvez porque não consigam abranger a racionalidade de que o pensamento da escrita e fala pode ser incorporada às novas formas de organização e produção do conhecimento que estão emergindo com as tecnologias atuais.
Para Betts (1998, p. 26) é importante ter como base de que estas tecnologias educacionais sem um objetivo concreto é inválida. Conforme suas palavras:
Não podemos isolar a tecnologia do conjunto da prática educativa, porque, por si só, é burra. Existe a necessidade de intervenção de uma ação docente para que ocorra a construção do conhecimento. Nós, seres humanos, somos por natureza seres aprendentes e, conscientemente ou não, os facilitadores da construção do nosso próprio conhecimento. (1998, p. 26).
Analisando de forma holística, além das tecnologias contribuírem no aprendizado em sala de aula, fora dela, contribuiriam como complementação nas tarefas extras dos professores, como no preparo de provas e trabalhos, materiais atualizados disponíveis da internet, preenchimentos dos cadernos de chamada e auxílio em afazeres administrativos.
Enfim, torna-se imprescindível para os professores buscarem essas facilidades, pois o objetivo dessas ferramentas é serem usadas como meio e não como fim em si mesma, ou seja, devem ser vistas como um recurso complementar e necessário.
Com relação a esta interatividade, Menezes (2010, p. 122) afirma:
Os sistemas de comunicação evoluem com extrema rapidez e essa dinâmica é parte da vertiginosa modernidade em que estamos imersos. Não podemos nos deslumbrar com essas novidades ou ficar apreensivos pelo perigo de que substituam nossa função de educar. Mas não devemos ignorar as possibilidades que eles abrem para aperfeiçoar nosso trabalho, como o acesso a sites de apoio e atualização pedagógica ou a programas interativos para alunos com dificuldades de aprendizagem. (2010, p.122).
Portanto, não há pretextos para se desconhecer o uso das tecnologias no ambiente escolar, a não ser que esse recurso não possa ser usado de forma a gerar resultados no processo de ensino-aprendizagem melhores do que os que estão sendo apresentados.

Para Menezes (2010, p. 122) não se pode cobrar um bom desempenho das escolas se elas estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais, e isto é uma realidade, pois há escolas com salas de informática onde a estrutura física aparentemente sustenta a ideia de escola munida de tecnologias, porém não há apropriação das mesmas, o que acaba tornando o uso obsoleto, uma vez que os professores muitas vezes não estão preparados para utilizar estas tecnologias.Finalizando: a interatividade dos alunos com as tecnologias são mais avançadas do que muitas vezes possam ter seus professores ou pais, uma vez que esses alunos nasceram na era da informação e muitos possuem maior habilidade em entender a linguagem virtual do que a textual, que utiliza diferentes tecnologias digitais. Portanto, de novas linguagens que fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas. Isso não significa que a educação atual seja pior ou ultrapassada, mas a realidade em que o aluno está imerso está mudando e a escola precisa acompanhar esta evolução.