TEXTO INTERESSANTE PARA AULA DE
COMUNICAÇÃO
PODERÁ SER USADO PARA APRESENTAR CARTA,
BILHETE E, ABORDAR AS DIFICULDADES EM SE DESCONHECER AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO.
A CARTA E O ÍNDIO
Um fazendeiro incumbiu a um
índio, ainda não de todo civilizado que fosse levar dez belas frutas a um
amigo. Sobre elas colocou uma carta.
No caminho o índio teve vontade de comer uma das frutas. E não se conteve: comeu-a!
Ao receber o presente, o amigo do fazendeiro disse ao índio:
O amigo: - Você comeu uma das frutas?
O Índio: - Eu?
O Amigo: - Sim. Esta faltando uma.
O Índio: - Como é que o senhor sabe?
O Amigo: - Ora, essa! Pela carta.
O Narrador:
O Índio não tinha a menor ideia de como a gente pode registrar as ideias pela escrita, e desse modo transmiti-las aos outros.
Por isso, olhou com admiração a folha de papel que o outro lhe exibia e disse:O Índio: - Ah! Isso conta o que a gente faz?... Eu não sabia!
O Narrador: Uma semana depois, o índio foi de novo encarregado de levar um cesto de frutas ao mesmo homem. Levava também uma carta.
No meio do caminho, pousou a cesta no chão e, pegando na carta, disse:
O Índio: - Deixe estar, bicho mexeriqueiro, contador do que a gente faz! Agora você não há de ver o que vou fazer para contar aos outros!
O Narrador: Dito isto, sentou-se sobre o envelope.
Comeu três das frutas e atirou longe as cascas e os caroços.
Então, levantou-se, pôs a carta no lugar e continuou no caminho.
Mas coitado! Mal chega a casa do amigo do fazendeiro, o mesmo lhe pergunta:
O Amigo: - Então... estavam boas as frutas?
O Índio: – Não sei, não senhor!
O Amigo: - Como, não sabe?... Pois comeu três delas?
O Narrador: Vendo-se apanhado em falta, o índio muito sem jeito, confessou:
O Índio: - Comi sim senhor. O Senhor me desculpe... Mas... eu só queria saber como foi que o senhor descobriu...
O Amigo: - E boa! Pela Carta!
O Índio: - Não pode ser não senhor! Esta brincando comigo, porque desta vez eu me sentei em cima dela e ela não viu nada...
O Narrador: O homem sorriu daquela simplicidade, e o índio pôs-se a pensar no caso. Embora não compreendendo tudo perfeitamente começou a perceber que os sinais escritos deviam servir para transmitir um recado.
Viana, Francisco – adaptação de Altino Martinez,
Leitura Teatralizada. São Paulo, Ed. Clássico Cientifica, s.d. p. 67-8
No caminho o índio teve vontade de comer uma das frutas. E não se conteve: comeu-a!
Ao receber o presente, o amigo do fazendeiro disse ao índio:
O amigo: - Você comeu uma das frutas?
O Índio: - Eu?
O Amigo: - Sim. Esta faltando uma.
O Índio: - Como é que o senhor sabe?
O Amigo: - Ora, essa! Pela carta.
O Narrador:
O Índio não tinha a menor ideia de como a gente pode registrar as ideias pela escrita, e desse modo transmiti-las aos outros.
Por isso, olhou com admiração a folha de papel que o outro lhe exibia e disse:O Índio: - Ah! Isso conta o que a gente faz?... Eu não sabia!
O Narrador: Uma semana depois, o índio foi de novo encarregado de levar um cesto de frutas ao mesmo homem. Levava também uma carta.
No meio do caminho, pousou a cesta no chão e, pegando na carta, disse:
O Índio: - Deixe estar, bicho mexeriqueiro, contador do que a gente faz! Agora você não há de ver o que vou fazer para contar aos outros!
O Narrador: Dito isto, sentou-se sobre o envelope.
Comeu três das frutas e atirou longe as cascas e os caroços.
Então, levantou-se, pôs a carta no lugar e continuou no caminho.
Mas coitado! Mal chega a casa do amigo do fazendeiro, o mesmo lhe pergunta:
O Amigo: - Então... estavam boas as frutas?
O Índio: – Não sei, não senhor!
O Amigo: - Como, não sabe?... Pois comeu três delas?
O Narrador: Vendo-se apanhado em falta, o índio muito sem jeito, confessou:
O Índio: - Comi sim senhor. O Senhor me desculpe... Mas... eu só queria saber como foi que o senhor descobriu...
O Amigo: - E boa! Pela Carta!
O Índio: - Não pode ser não senhor! Esta brincando comigo, porque desta vez eu me sentei em cima dela e ela não viu nada...
O Narrador: O homem sorriu daquela simplicidade, e o índio pôs-se a pensar no caso. Embora não compreendendo tudo perfeitamente começou a perceber que os sinais escritos deviam servir para transmitir um recado.
Viana, Francisco – adaptação de Altino Martinez,
Leitura Teatralizada. São Paulo, Ed. Clássico Cientifica, s.d. p. 67-8
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