segunda-feira, 22 de julho de 2013

LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS


   
A análise de texto significa estudar, decompor, dissecar e dividir para interpretá-lo. Cada parte do texto deve ser analisada, buscando-se os elementos chaves do autor e a relação entre as partes constituintes. A decomposição dos elementos essenciais e a sua classificação nos leva até a ideia-chave, que é o conjunto de ideais mais precisas.
O objetivo da análise do texto é: aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto e familiarizar-se com os termos técnicos, ideias, etc.; hierarquizar o conteúdo do texto; perceber que as ideias se relacionam e, identificar as conclusões e as bases que as sustentam.
 Partes da análise do texto:
(a)     dos elementos constituintes básicos,
(b)     das relações entre esses elementos,
(c)     da estrutura do texto.
Tipos de análise do texto:

 
 



TEXTUAL: breve explicação do professor com a primeira leitura pelo aluno. Sucessivas leituras permitirão a identificação  de palavras e parágrafos chaves. O significado das palavras desconhecidas, assim como termos técnicos é procurado no dicionário.
TEMÁTICA: é individual. Permite maior compreensão do texto, a associação de idéias do autor com as preexistentes no conhecimento do estudante. Avaliação da coerência interna do texto. Elaboração do resumo para discussão em sala de aula.
PROBLEMATIZAÇÃO: Atividade em grupo. As questões implícitas e explícitas no texto são levantadas e debatidas.
CONCLUSÃO PESSOAL: Individual. Reelaboração do que foi entendido do texto, resultando num resumo próprio que também uma crítica e reflexão pessoal.
A leitura do texto deve incluir várias leituras:
  • Primeira: serve  para organizar o texto na mente do aluno.
  • Segunda: Sublinhar as idéias principais  e as palavras-chaves (COM DOIS GRIFOS).
            Os trechos mais importantes da idéia desenvolvida são assinalados no texto com uma linha vertical na margem. O que consideramos passível de crítica, objeto  de reparo ou insustentável dentro do raciocínio desenvolvido, destacamos com um ponto de interrogação (?).
Assuntos ou palavras-chaves distintas no texto (assuntos secundários) podem ser grifados com cores diferentes.
A elaboração de um ESQUEMA:
Após várias leituras, com o auxílio de dicionários, torna-se mais fácil à elaboração de um esquema. Trabalhamos então com a hierarquização das palavras-chaves, frases e parágrafos importantes, ligando as idéias sucessivas dos raciocínios desenvolvido pelo autor. A elaboração de um resumo envolve um sentido mais completo entre os parágrafos,  indicam mais do que um tópico, mas são condensados para a apresentação. O resumo facilita o trabalho de captar, analisar, relacionar, fixar e integrar aquilo que se está estudando, e serve  para fixar e expor o assunto, inclusive numa prova.
EXEMPLO DE ESQUEMA E RESUMO:
ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia, Ciência da Sociedade: uma introdução “a análise do pensamento geográfico. São Paulo. Ed. Atlas, 1987. p.11-19”.
ESQUEMA:
1. A Geografia como ciência.
1.1              O que é Geografia.
1.2              A Geografia e o problema da interdisciplinaridade.
1.3              A unidade e a diversidade em Geografia.
1.4              O caráter social da ciência geográfica
PALAVRAS-CHAVE: Geografia. Ciência. Positivistas. Conhecimento geográfico. Sociedade. Natureza. Objeto da Geografia. Ratzel. Reclus. Espaço vital. Luta de Classes. Geografia dos exploradores, vulgar e das universidades. Neopositivistas. Matemática Regional. Geografia Crítica ou Radical. Formação econômica-social. Interdisciplinaridade. Diversidade. Sociologia. Antropologia. Economia Política. Psicologia. Etnologia. História. Geologia. Pedologia. Mineralogia. Hidrologia. Meteorologia. Astronomia. Oceanografia. Técnicas Cartográficas e Estatísticas. Ramos do Conhecimento e especializações da Geografia. Geografia Física. Geografia Humana. Especialização. Ciência Social.
EXEMPLO DE RESUMO:
“Parte do conhecimento geográfico foi organizado a partir do século XIX em ciência geográfica, aos moldes da divisão positivista da ciência”. Naquele momento, a Geografia limitou-se a descrever a superfície da Terra e prestou serviços ao expansionismo colonial.
No século XX passou a significar a ciência que estudava a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na superfície da Terra e, posteriormente, adotou técnicas quantitativas (matemáticas e estatísticas) e serviu a governos, por vezes, autoritários. Mais recentemente, ela busca estudar as relações existentes entre a Sociedade e a Natureza, utilizando categorias dialéticas e marxistas.
A análise da ação da sociedade no espaço requer conhecimento das seguintes áreas: Sociologia, Antropologia, Economia Política, Psicologia, Etnologia, Geologia, Pedologia, Mineralogia, Hidrologia, Meteorologia, Astronomia e Oceanografia.


As especializações do conhecimento geográfico e a tendência que vem ocorrendo estão levando a Geomorfologia, a Hidrografia, Climatologia, Biogeografia e a Geografia Política a se transformarem em ciências autônomas. O aumento do conhecimento da ciência geográfica e a tendência à subdivisão levaram às especializações, e como consequência, à quebra da unidade da Geografia. A preocupação dos geógrafos, atualmente, é reverter  esta divisão, e a da Geografia Humana e Geografia Física, através da explicação da organização espacial das formações econômico-sociais-sociais (Sociedade e Natureza). “O autor concebe a Geografia como uma ciência social  por esta estudar a relação entre a Sociedade e a Natureza na construção do espaço, podendo esta ciência auxiliar nas formas dessa relação”. (CARVALHO, M. S.)
 (Observe quantas palavras-chaves foram utilizadas!).
 FICHAMENTO E RESUMOS.
Ao iniciarmos uma pesquisa, uma das primeiras atividades a ser realizada, após a escolha do tema, é a pesquisa bibliográfica e a elaboração de fichas e resumos. De acordo com LAKATOS & MARCONI (1990, p. 43), a PESQUISA BIBLIOGRÁFICA compreende oito fases distintas:
escolha  do tema;
  • elaboração do plano de trabalho;
  • identificação;
  • localização;
  • compilação;
  • fichamento;
  • análise e interpretação;
  • redação.
 As fichas devem conter cabeçalho, referência bibliográfica e o texto em si.
O fichamento NÃO É:
         um sumário ou índice do livro ou  texto. Ele é redação sucinta das ideias do texto.
         uma transcrição de parte ou do texto. Ele é uma interpretação que o leitor faz da obra e, por isso, redigida com suas próprias palavras.
         Ele, porém, apresenta mais informações do que a ficha bibliográfica.
Muitos professores confundem o fichamento com resumos e análises de textos, passando aos alunos uma ideia equivocada. O sistema de fichamentos foi criado pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciências no século XVII e atualmente  você pode escolher entre vários tipos de fichas de tamanhos diferentes. No cabeçalho deve constar o tema de interesses da pesquisa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E BIBLIOGRAFIA:
A referência bibliográfica é a identificação do texto analisado de acordo com as normas da ABNT (podendo vir como o conhecido pé de página ou no final do texto, antes da bibliografia).
Na Biblioteca Central da UEL existe pessoal especializado para orientação no setor de Referência.
A Referência Bibliográfica é diferente da Bibliografia. Se eu cito algum autor no meu texto, eu tenho de fazer também a referência bibliográfica. A Bibliografia sempre deve constar num trabalho, pois é muito difícil se fazer um trabalho de pesquisa sem ter consultado artigos e livros escritos por autores.
NÃO SE ESQUEÇA: Se você quiser reproduzir um trecho do texto analisado, deve colocá-lo entre aspas (““) seguidas das informações da obra citada: ano e página. Em alguns editores de texto há até o estilo de citação. Mas atenção, "copiar" um texto de outro autor e não dizer que é uma citação, é considerado fraude, plágio e é crime. Nada desmerece o seu trabalho se você citar alguém. Pelo contrário, demonstra que você pesquisou e fez um bom trabalho.
RESUMOS.
Ao se fazer um resumo buscamos apresentar, de maneira enxuta, destacando os elementos de maior importância o que o autor escreveu no texto.
Segundo LAKATOS & MARCONI (1990, p.67), várias leituras são necessárias para a elaboração do RESUMO. Na primeira leitura fazemos um esboço, tentado perceber o plano geral da obra e o seu desenvolvimento. Na segunda leitura devemos responder a seguinte pergunta: De que trata o texto? Qual é a sua ideia central?
Na terceira leitura identificamos as partes principais do texto, ao compreendermos as ideias descritas já identificamos as diferentes partes que o compõem.
Aplicando a técnica de análise de texto, identificamos as palavras-chaves e os parágrafos chaves.
BIBLIOGRAFIA: Este exemplo é de como eu disponho corretamente a bibliografia que usei para fazer este meu texto,  no caso, um livro de duas autoras. Quando é um artigo num boletim ou num livro, a ordem é diferente.
É bom ter a seguinte ordem quando é um livro:
SOBRENOME do Autor, nome e outros autores. Dê dois espaços e entre com a edição no caso de não ser a 1ª. Segue o  título do livro em destaque (negrito ou sublinhado).
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade.  2ª ed. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas,  1990.
Continuando, entra-se com o nome da cidade onde foi feita a publicação. Nome da Editora. Número da edição. Ano da publicação.
Não é obrigatório, mas pode-se acrescentar o número total de páginas do livro. É muito útil quando se quer pedir a xerox de material esgotado através do COMUT (procure saber o que é na Biblioteca de sua cidade ou Universidade).
Glossário:
Palavras Chaves: Definem o(s) tema(s) do artigo. Pode-se usar até 5.



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