A análise de texto
significa estudar, decompor, dissecar e dividir para interpretá-lo. Cada parte
do texto deve ser analisada, buscando-se os elementos chaves do autor e a
relação entre as partes constituintes. A decomposição dos
elementos essenciais e a sua classificação nos leva até a ideia-chave,
que é o conjunto de ideais mais precisas.
O objetivo da análise
do texto é: aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto
e familiarizar-se com os termos técnicos, ideias, etc.; hierarquizar o conteúdo
do texto; perceber que as ideias se relacionam e, identificar as conclusões e
as bases que as sustentam.
Partes da
análise do texto:
(a)
dos elementos constituintes básicos,
(b)
das relações entre esses elementos,
(c)
da estrutura do texto.
|
TEXTUAL: breve explicação do
professor com a primeira leitura pelo aluno. Sucessivas leituras permitirão a
identificação de palavras e parágrafos chaves. O significado das palavras
desconhecidas, assim como termos técnicos é procurado no dicionário.
TEMÁTICA: é individual.
Permite maior compreensão do texto, a associação de idéias do autor com as
preexistentes no conhecimento do estudante. Avaliação da coerência interna do
texto. Elaboração do resumo para discussão em sala de aula.
PROBLEMATIZAÇÃO: Atividade em grupo.
As questões implícitas e explícitas no texto são levantadas e debatidas.
CONCLUSÃO PESSOAL: Individual.
Reelaboração do que foi entendido do texto, resultando num resumo próprio que
também uma crítica e reflexão pessoal.
A leitura do texto deve incluir várias
leituras:
- Primeira: serve para organizar o
texto na mente do aluno.
- Segunda: Sublinhar as idéias
principais e as palavras-chaves (COM DOIS GRIFOS).
Os trechos mais importantes da idéia
desenvolvida são assinalados no texto com uma linha vertical na margem. O que
consideramos passível de crítica, objeto de reparo ou insustentável
dentro do raciocínio desenvolvido, destacamos com um ponto de interrogação (?).
Assuntos ou
palavras-chaves distintas no texto (assuntos secundários) podem ser grifados
com cores diferentes.
A elaboração de um ESQUEMA:
Após várias leituras,
com o auxílio de dicionários, torna-se mais fácil à elaboração de um esquema.
Trabalhamos então com a hierarquização das palavras-chaves, frases e parágrafos
importantes, ligando as idéias sucessivas dos raciocínios
desenvolvido pelo autor. A elaboração de um resumo envolve um sentido
mais completo entre os parágrafos, indicam mais do que um tópico, mas são
condensados para a apresentação. O resumo facilita o trabalho de captar,
analisar, relacionar, fixar e integrar aquilo que se está estudando, e
serve para fixar e expor o assunto, inclusive numa prova.
EXEMPLO DE ESQUEMA E
RESUMO:
ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia,
Ciência da Sociedade: uma introdução “a análise do pensamento geográfico.
São Paulo. Ed. Atlas, 1987. p.11-19”.
ESQUEMA:
1. A Geografia como ciência.
1.1
O que é Geografia.
1.2
A Geografia e o problema da interdisciplinaridade.
1.3
A unidade e a diversidade em Geografia.
1.4
O caráter social da ciência geográfica
PALAVRAS-CHAVE: Geografia. Ciência.
Positivistas. Conhecimento geográfico. Sociedade. Natureza. Objeto da
Geografia. Ratzel. Reclus. Espaço vital. Luta de Classes. Geografia dos
exploradores, vulgar e das universidades. Neopositivistas. Matemática Regional.
Geografia Crítica ou Radical. Formação econômica-social. Interdisciplinaridade.
Diversidade. Sociologia. Antropologia. Economia Política. Psicologia.
Etnologia. História. Geologia. Pedologia. Mineralogia. Hidrologia.
Meteorologia. Astronomia. Oceanografia. Técnicas Cartográficas e Estatísticas.
Ramos do Conhecimento e especializações da Geografia. Geografia Física.
Geografia Humana. Especialização. Ciência Social.
EXEMPLO DE RESUMO:
“Parte do
conhecimento geográfico foi organizado a partir do século XIX em ciência geográfica,
aos moldes da divisão positivista da ciência”. Naquele momento, a Geografia
limitou-se a descrever a superfície da Terra e prestou serviços ao
expansionismo colonial.
No século XX passou a significar a ciência
que estudava a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na
superfície da Terra e, posteriormente, adotou técnicas quantitativas
(matemáticas e estatísticas) e serviu a governos, por vezes, autoritários. Mais
recentemente, ela busca estudar as relações existentes entre a Sociedade e a
Natureza, utilizando categorias dialéticas e marxistas.
A análise da ação da sociedade no espaço
requer conhecimento das seguintes áreas: Sociologia, Antropologia, Economia
Política, Psicologia, Etnologia, Geologia, Pedologia, Mineralogia, Hidrologia,
Meteorologia, Astronomia e Oceanografia.
As especializações do conhecimento geográfico e a tendência que vem ocorrendo estão levando a Geomorfologia, a Hidrografia, Climatologia, Biogeografia e a Geografia Política a se transformarem em ciências autônomas. O aumento do conhecimento da ciência geográfica e a tendência à subdivisão levaram às especializações, e como consequência, à quebra da unidade da Geografia. A preocupação dos geógrafos, atualmente, é reverter esta divisão, e a da Geografia Humana e Geografia Física, através da explicação da organização espacial das formações econômico-sociais-sociais (Sociedade e Natureza). “O autor concebe a Geografia como uma ciência social por esta estudar a relação entre a Sociedade e a Natureza na construção do espaço, podendo esta ciência auxiliar nas formas dessa relação”. (CARVALHO, M. S.)
(Observe
quantas palavras-chaves foram utilizadas!).
FICHAMENTO E RESUMOS.
Ao iniciarmos uma
pesquisa, uma das primeiras atividades a ser realizada, após a escolha do tema,
é a pesquisa bibliográfica e a elaboração de fichas e resumos. De acordo com
LAKATOS & MARCONI (1990, p. 43), a PESQUISA BIBLIOGRÁFICA compreende
oito fases distintas:
escolha do
tema;
- elaboração do plano de trabalho;
- identificação;
- localização;
- compilação;
- fichamento;
- análise e interpretação;
- redação.
As fichas devem conter cabeçalho,
referência bibliográfica e o texto em si.
O fichamento NÃO É:
um sumário ou índice do livro ou texto. Ele é redação sucinta das ideias
do texto.
uma transcrição de parte ou do texto. Ele é uma interpretação que o leitor faz
da obra e, por isso, redigida com suas próprias palavras.
Ele, porém, apresenta mais informações do que a ficha bibliográfica.
Muitos professores confundem o fichamento com
resumos e análises de textos, passando aos alunos uma ideia equivocada. O
sistema de fichamentos foi criado pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de
Ciências no século XVII e atualmente você pode escolher entre vários tipos
de fichas de tamanhos diferentes. No cabeçalho deve constar o tema de
interesses da pesquisa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E
BIBLIOGRAFIA:
A referência bibliográfica é a identificação
do texto analisado de acordo com as normas da ABNT (podendo vir como o
conhecido pé de página ou no final do texto, antes da bibliografia).
Na Biblioteca Central da UEL existe pessoal
especializado para orientação no setor de Referência.
A Referência Bibliográfica é diferente da
Bibliografia. Se eu cito algum autor no meu texto, eu tenho de fazer também a
referência bibliográfica. A Bibliografia sempre deve constar num trabalho, pois
é muito difícil se fazer um trabalho de pesquisa sem ter consultado artigos e
livros escritos por autores.
NÃO SE ESQUEÇA: Se você quiser
reproduzir um trecho do texto analisado, deve colocá-lo entre aspas (““) seguidas das informações da obra citada: ano e página.
Em alguns editores de texto há até o estilo de citação. Mas atenção, "copiar"
um texto de outro autor e não dizer que é uma citação, é considerado fraude,
plágio e é crime. Nada desmerece o seu trabalho se você citar alguém. Pelo
contrário, demonstra que você pesquisou e fez um bom trabalho.
RESUMOS.
Ao se fazer um resumo buscamos apresentar, de
maneira enxuta, destacando os elementos de maior importância o que o autor
escreveu no texto.
Segundo LAKATOS & MARCONI (1990, p.67),
várias leituras são necessárias para a elaboração do RESUMO. Na primeira
leitura fazemos um esboço, tentado perceber o plano geral da obra e o seu
desenvolvimento. Na segunda leitura devemos responder a seguinte pergunta: De
que trata o texto? Qual é a sua ideia central?
Na terceira leitura identificamos as partes
principais do texto, ao compreendermos as ideias descritas já identificamos as
diferentes partes que o compõem.
Aplicando a técnica de análise de texto,
identificamos as palavras-chaves e os parágrafos chaves.
BIBLIOGRAFIA: Este exemplo é de
como eu disponho corretamente a bibliografia que usei para fazer este meu
texto, no caso, um livro de duas autoras. Quando é um artigo num boletim
ou num livro, a ordem é diferente.
É bom ter a seguinte ordem quando é um livro:
SOBRENOME do Autor, nome e outros autores. Dê
dois espaços e entre com a edição no caso de não ser a 1ª. Segue o título
do livro em destaque (negrito ou sublinhado).
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de
Andrade. 2ª ed. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 1990.
Continuando, entra-se com o nome da cidade
onde foi feita a publicação. Nome da Editora. Número da edição. Ano da
publicação.
Não é obrigatório, mas pode-se acrescentar o
número total de páginas do livro. É muito útil quando se quer pedir a xerox de
material esgotado através do COMUT (procure saber o que é na Biblioteca de sua
cidade ou Universidade).
Glossário:
Palavras Chaves: Definem o(s) tema(s) do artigo. Pode-se usar até 5.
Palavras Chaves: Definem o(s) tema(s) do artigo. Pode-se usar até 5.
Nenhum comentário:
Postar um comentário